terça-feira, 19 de agosto de 2008

NÃO ENTRO MAIS EM IGREJA!

NÃO ENTRO MAIS EM IGREJA! Condicionamento relacionado à culpa é coisa muito séria e persistente. Lembro do tempo em que deixei de ser "pastor local", passando a dedicar-me exclusivamente ao "ministério itinerante", quando, como nunca antes, senti a culpa de não ir "à igreja" no domingo cedo, na Escola Dominical. Ora, não se tratava de um desconforto para o qual eu não tivesse uma resposta consciente e bíblica, porém, a alma condicionada, não reconhece nem mesmo as verdades da Palavra. Assim, eu pregava a semana toda, no mínimo duas vezes por dia, mas, aos domingos de manha, eu queria descansar, já que à noite eu pregaria mesmo, de qualquer maneira. Aí, porém, morava o problema; posto que ficasse sempre aquele sentimento de culpa, como se minha ausência do lugar fosse emocionalmente semelhante a ter se distanciado de Deus. Prova disso está no simples fato de as pessoas se referirem à freqüência às reuniões como "ir à igreja". Há mesmo os que dizem que "não entram numa igreja" há muitos anos; embora eles mesmos não se sintam mais longe de Deus. "Teologicamente", todos os que estão em Deus estão na Igreja, embora, muitas vezes, não estejam em "igreja" alguma. Entretanto, a designação da experiência com a igreja como sendo algo que caiba no movimento de ir ou não ir, já demonstra o dado psicológico de que a igreja é, para muita gente, um lugar; e, portanto, quando se associa tal realidade a Deus, não ir à igreja é, no inicio, como não ir a Deus, ou como estar fora de Deus. Há o mandamento bíblico [Hebreus 13] no sentido de que não se deixe de congregar, como é costume de alguns. Ora, isto é dito em Hebreus no mesmo contexto em que se denuncia a presença ritualística aos cultos, escravizando-se a alma aos padrões antigos, infantis e pagãos. Portanto, não se diz que não ir seja um problema, mas sim se diz que o deixar de viver a vontade de encontro com os irmãos, é algo que pode dês-aquecer a alma e tirar a alegria e a exultação horizontal da pratica da fé. Quando eu sou igreja [e assim entenda!], mesmo quando não vou aos encontros, sou; e isto jamais muda em mim. Porém, quando a minha alma se desconecta do compromisso histórico da fé [que é sempre horizontal, e, portanto, com os irmãos], a primeira coisa que acontece é que se faz da não ida algo mais sério do que de fato seja; e, em tal caso, torna-se algo sério, não por não se ir ao ajuntamento, mas sim em razão de que não se vai por se julgar existir uma briga entre nós e Deus. E mais: Muitas vezes não se acha uma comunhão espiritual que justifique a saída de casa. Ora, em tal caso não se deve ir mesmo a lugar algum aonde se vá apenas para que se cumpra um rito mágico ou um dever devocional, pois, não tem sentido ou mesmo valor algum. Durante uns dois anos, entre 1984 e 1986, senti muito culpa quando os filhos iam aos domingos de manhã à Escola Dominical e eu ficava em casa cuidando do jardim e descansando. Parecia que eu estava negando a fé; e, por mais eu me dissesse que não era assim, no entanto, dado aos anos de pratica pastoral, indo aos cultos pregar e ensinar todos os domingos, o sentimento se manifestava mesmo contra os meus argumentos. Ora, é neste ponto que se percebe o quanto se está religioso. E mais: Sempre que tal culpa bate no coração não havendo razão para tal, é prova de nossa religiosidade. Não devemos deixar de nos congregar; ao mesmo tempo em que congregar-se jamais deve ser algo movido pela culpa ou pela irrazoabilidade das neuroses religiosas. Assim, se você não encontra mais onde se sinta bem para cultuar comunitariamente, ao invés de "se afastar de Deus" pela culpa da não freqüência, ame ainda muito mais a Deus e aos homens; e, desse modo, busque, sem neurose, uma boa oportunidade de encontrar os irmãos-amigos; ou, então, de iniciar uma comunhão simples com irmãos e irmãs amados e singelos no crer. Não se faça culpado de uma culpa que não existe!

Caio Fabio

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Exista sem fé e seja muito infeliz!

Você não precisa confiar!

De fato você pode viver desconfiando e espreitando até a própria morte.

Afinal, existir sem fé é possível.

Sim! Você pode existir com medo, angustiado, ansioso, tomado por teorias da conspiração, pessimista até quando fala de otimismo, discutindo com Deus e com a vida, inseguro até com o equilíbrio, afogando-se no seco, sem ar na ventania, sem alegria no casamento, no nascimento e na velhice, sem sentido no trabalho, buscando gostos que não existem em um beijo, buscando abraços que não aconchegam, e, assim, continuar..., sem sentido e sem significado, como um dado estatístico, como um número, como um código de barra, como uma carteira de identidade, como um Diploma.

Sim! Você pode existir sem confiar em Deus e em ninguém, como um Judas Iscariotes em todos os seus vínculos, sempre pulando fora do barco, sempre pensando antes em você, no seu projeto, nos seus interesses, nas suas moedas de prata.

Sim! Você pode. E nem precisaria dizer isto a você. Afinal, você existe assim, e, por isto, você sabe que é possível existir sem paz, sem conforto, sem satisfação, sem esperança, sem a fonte da água da vida, sem a luz do mundo, sem o pão da vida, sem o gosto do sal da terra, sem a revolução do grão de mostarda crescendo em você.

Sim! É possível ir existindo sem fé, ou, no máximo, apenas com fé no possível que seja realizável pelo braço do homem em dias de força e saúde.

Sim! É possível. É..., mas não é.

É possível existir sem fé. Só não é possível viver sem fé. Pois, quem quer que encontre inspiração para ser contra tudo o que se chama existir, é somente aquele que se justifica andando pela fé.

Sim! Pois neste mundo o viver acontece quase sempre em rota de colisão contra o mero existir!

Pense nisso!


De Caio e postado por Rogério Alexandrino.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

TRANSFORMADOS PELA GRAÇA

João Capítulo 3
1 E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus. 2 Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre, vindo de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele. 3 Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. 4 Disse-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer? 5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. 6 O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. 7 Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo.
Nós estamos vivendo no tempo da Graça, e pra quem tem fé pela Graça é alcançado (Efésios 2:8 Porque pela graça sois salvos, por meio da ; e isto não vem de vós, é dom de Deus.)
E pela Graça somos transformados!
Aquele que nasce da água e do Espírito que Jesus disse a Nicodemos, esse é nascido da GRAÇA, que não merecíamos.
Então eu logo entendo que “NASCER” quer dizer:
NOVO – COMEÇO – APRENDER
É prodigioso compreender que para cada dia que acordamos, é um dia que nascemos, e como alguém que acabará de nascer ficamos deslumbrados com o privilégio de viver e aprender. Por que todos nós estamos em período de transformação continuo, o evangelho da Graça nos propicia mudanças pra melhor quando permitimos, todos nós somos um projeto inacabado, somos uma construção que precisa de reparos.
“SOMOS SERES HUMANOS QUE PRECISA ENTRAR NO VENTRE DA GRAÇA E NASCER DE NOVO”
É preciso ter um acordar de consciência, (Romanos 12:2 E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.)
Eu e você temos que entender que sempre haverá alguma coisa pra mudar, e só podemos ser ignorantes em quanto ignorantes, mas depois de ter consciência permanecer na ignorância é ignorância tola.
Precisamos ter a plena consciência de que só haverá mudança quando eu mudar, sim! Mudar meu modo de pensar! Não existe uma mágica o que existe é vontade + disposição + esforço = mudança.
E quando nascemos pela Graça, nos tornamos fator de despertar de consciência pra outras pessoas!
(Mateus 5:13 Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens.
Rogério Alexandrino

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

O MAIOR PROBLEMA É O NADA DA VIDA!

Ninguém sabe nada de nada. Quem diz que sabe é pretensioso e tolo. Afinal, quem controla o quê?
Literalmente, conforme disse Jesus, não posso acrescentar sequer um metro a mais ao curso de meu caminhar na Terra.
Num minuto está tudo bem. No outro um tufão de tristeza e emoções podem simplesmente dar contra a nossa existência.
Entretanto, quando existem razões objetivas para a dor, ainda está tudo bem. O duro é quando você olha e se pergunta: Mas o que houve de fato aqui que possa explicar o volume de dor e problemas que gerou?
Sim! Pois, o maior problema é o que não existe!
Ora, o problema existente tem solução objetiva e simples, até mesmo quando não tem solução... Em tal caso, é deixar, pois, a não solução já é a solução.
Porém o problema inexistente somente existe em um lugar no qual não há critérios de mensurabilidade: o interior e a subjetividade.
A questão é que a maior parte dos problemas nasce do que não é ou não existe de modo real e objetivo!
Sim! São problemas de comunicação ou excessos de interpretação!
Sim! São problemas relacionados ao que se disse ter perdoado sem que se tenha jamais perdoado!
Sim! São desejos e antipatias inconscientes e que se transformam em guerra sem sentido!
Sim! São disputas inconscientes por razão e razão!
Sim! São projeções e transferências que são feitas e que pintam o outro de diabo!
Sim! Problemas inexistentes são o diabo nas entrelinhas!
Quando você estiver apoquentado, antes de tudo se pergunte: Qual o nível de existência desse problema?
Ora, na realidade a maioria dos problemas não resiste sequer à resposta objetiva que se possa dar a tal questão!
Assim, não se enrole nos novelos que não existem, pois, de fato, tais linhas invisíveis são as que mais nos prendem ao nada que se apresenta a nós com o poder do tudo, embora nada seja.
Pense nisto!
Caio