sábado, 14 de maio de 2011

Máquinas de escrever sobrevivem nos EUA graças ao governo


Circulou na internet nos últimos dias a notícia de que a última fábrica de máquinas de escrever do mundo fechou as portas. Na segunda-feira 25, no entanto, veio o desmentido.
O site norte-americano Minyanville, que fornece conteúdo para Yahoo! Finance, MSN Money e AOL Money, achou um fabricante de máquinas de escrever, a Swintec, sediada nos Estados Unidos.
Em entrevista ao Minyanville, o gerente geral de vendas da empresa não apenas confirmou que continua fabricando o produto como enfatizou: “Não acho que as máquinas de escrever vão desaparecer, não vejo isso acontecer tão cedo”.
Para quem ele vende? “Temos contratos com penitenciárias de 43 Estados (norte-americanos) para fornecer máquinas de escrever transparentes para os presos, de modo que eles não possam esconder contrabando dentro delas”, afirmou o executivo.
Esse mercado, no entanto, está ameaçado. Existe um projeto nos EUA de permitir que os presidiários utilizem computadores para enviar e receber e-mails. Segundo autoridades que defendem esse projeto, é mais seguro monitorar as conversas dos presos pelo meio eletrônico do que pelo impresso. No caso do e-mail, “não se pode colocar pó branco no envelope”, disse Dan Pacholke, diretor de penitenciária em Washington.
Além das prisões, repartições públicas ainda são clientes da Swintec. “Há muitos documentos que ainda precisam ser escritos à máquina, como formulários, ordens de compras, envelopes e memorandos”, disse o gerente Ed Michael em outra reportagem.
Informações desencontradas
A notícia do fim da máquina de escrever rodou o mundo depois que o jornal indiano “Business Standard” disse que a empresa local Godrej & Boyce não fabrica mais o produto desde 2009. A informação é verdadeira, mas o texto acrescentava que a companhia era a última do mundo a produzir máquinas de escrever.
A Godrej foi a última sobrevivente entre as grandes marcas de máquinas de escrever. Antes da indiana, saíram do mercado nomes como Remington Rand, Olivetti, Smith-Corona, Adler-Royal, Olympia e Nakajima, segundo o “Business Standard”. No entanto, ainda existe pelo menos um fabricante de menor porte, a Swintec.
Fonte: Estadão

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